Queria fazer uma observação a respeito de "Uma pequena, ridícula e nada minuciosa análise dos técnicos de futebol". É o seguinte, você colocou o Felipão, mas se esqueceu de comentar sobre ele, que de fato era um péssimo jogador, inclusive o único gol que ele marcou como "profissional" (num time aí que não me recordo o nome) não existe qualquer tipo de registro visual deste gol. Escutei isto da voz dele naquelas chatas entrevistas da época de copa do mundo. Outro bom exemplo foi o Falcão, rei de Roma, como técnico da seleção, sem comentários... Agora é aguardar o Zico do Japão, para ver se a escrita continua. - Luiz
Ainda bem que deixei bem claro que era "Uma pequena, ridícula e nada minuciosa análise dos técnicos de futebol". Muito obrigado pela lembrança, Luiz. Se eu te contar que esse texto começou na minha cabeça justamente por lembrar de Felipão, Vanderley e Falcão, você acredita?
Zico eu acredito que será um técnico mediano, já que durante a carreira não foi nada mais do que um bom cobrador de faltas. Pena que os torcedores do Flamengo realmente acreditem em todo o "mito" que a imprensa flamenguista criou em cima dele. Em termos de hoje em dia o Zico é como um Ricardinho. Bom jogador, bate umas faltinhas, marca uns golzinhos e só.
Sobre o Falcão como técnico, foi exatamente o que você falou: sem comentários. Principalmente se forem os comentários dele. Acho que Falcão teria mais sucesso em sua vida profissional se abrisse um restaurante de comida brasileira em Roma. Os italianos adorariam e nós brasileiros iríamos festejar por não existir nem a mais remota possibilidade de ele retornar ao comando da Seleção.
O que eu tinha a falar do Felipão era justamente isso. O único gol que ele marcou não existe em qualquer registro visual. Ora, mas que porra é essa? Parece até meu pai contando que já foi craque no São José do Rio Preto! Segundo as lendas do meu coroa, um dos seus gols foi o da histórica virada de 1x0 e aos 40 do segundo tempo!
- Calma aí, pai, como assim virada de 1x0? Para ser de virada, o outro time tinha que estar ganhando!
- È porque o empate era deles...
- Ah, claro.
- Isso não é importante, o negócio é que o jogo estava muito difícil e ninguém mais acreditava que poderíamos vencer. Como eu havia perdido uma chance cara a cara com o goleiro, meus companheiros não tocavam mais a bola para mim. Tinham perdido a confiança.
- Tá, bom pai. Deixa eu ir que eu vou alugar uns DVDs na locadora...
- Calma! Agora que vem a melhor parte! Bem, até eu mesmo já não estava motivado. Quando a bola saiu para escanteio, eu olhei para o centro do gramado e o técnico ia me substituir para colocar o Cotonete.
- Cotonete?
- Isso. O Cotonete era um negão de dois metros e dez de altura que pintava os cabelos de branco para ficar parecido com o Richard Gere.
- Interessante...
- Como eu ia falando, eu vi que o Cotonete já estava na beira do gramado esperando a substituição, então eu fui andando em direção dele, cortando a área do adversário em diagonal. Estava muito triste, e andava de cabeça baixa. E foi justamente por isso que não reparei o Esquerdinha.
- Deixa eu adivinhar. Esquerdinha era o nome do lateral esquerdo, correto? Acho que esse é o único apelido que conseguem inventar para jogador canhoto no futebol brasileiro.
- Enfim, o Esquerdinha cobrou o escanteio. Por alguma razão, o juiz não tinha visto a substituição e autorizou a cobrança do corner. Então a bola veio e bateu na parte de trás da minha cabeça, fazendo um efeito louco e entrando no ângulo. Indefensável.
- Nossa! E depois? Você saiu com uma moral imensa, né?
- Sair? Quem disse que eu saí? O técnico se levantou do banco e cancelou a substituição gritando “Vai pro campo meu craque! Vai pro campo meu craque!”.
Por essas e outras é que eu acredito piamente que meu pai tinha plenas condições de estar comandando a seleção de Portugal.
Tungado do