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A Teoria do Abraço Corporativo |
terça-feira, novembro 07, 2006 |
O homem do século XXI é um ser frio e distante. A vida moderna, em geral, e as novas tecnologias de telecomunicações, em particular, estão, cada vez mais, reduzindo o tempo de contato físico entre as pessoas. Este isolamento crescente está criando um fenômeno presente em todas as grandes cidades do mundo: a inércia do afastamento. Este movimento coloca as pessoas - sobretudo as mais jovens, que quase ou nada têm de referências anteriores à informática - num ciclo em que a comunicação com o próximo se dá, basicamente, de forma indireta. Correio eletrônico, programas de mensagens instantâneas (messengers), e telefone, nas suas variadas modalidades - celular, fixo, rádio ou teleconferência - são os recursos hoje tão usados. Estas práticas estão formando uma cultura da inércia do afastamento, que gera muitos efeitos danosos à sociedade. Especialistas identificam uma influência deste fator no crescimento dos casos de adolescentes deprimidos e homens e mulheres de meia-idade solitários. Há muitos profissionais dedicados, neste momento, a amenizar estes problemas. Mas os males desta inércia não se restringem ao âmbito familiar. O ambiente corporativo também está contaminado. O relacionamento entre funcionários de uma mesma companhia, e entre fornecedores e clientes, tem sido objeto de novos e grandes problemas de comunicação, com o uso das novas tecnologias. Há um recrudescimento das relações corporativas causado pelo fato de os meios eletrônicos não comportarem o complexo cabedal de linguagens que o diálogo humano carrega. Neste contexto é possível citar a questão da ironia e dos palavrões em e-mails. O uso não-verbal deste tipo de recurso é muito difícil. Quem já não se viu em frente ao computador sem saber se o interlocutor eletrônico está brincando ou está bravo? Estas dificuldades, somadas à separação física entre as pessoas, estão contribuindo para o aumento do stress nas empresas.
A SOLUÇÃO
Experiências de campo recentes - executadas junto a grandes empresas instaladas em países europeus que usam fartamente os novos recursos de telecomunicações, têm trazido resultados positivos. Pode-se dizer que foi encontrado o antídoto para a inércia do afastamento: o abraço. A CBAC (Confraria Britânica do Abraço Corporativo), de maneira experimental, vem há cerca de 10 anos introduzindo a Teoria do Abraço no meio corporativo. Trata-se dos mesmos princípios defendidos pela psiquiatra e pedagoga norte-americana, Kathleen Keating (autora do best-seller "A Terapia do Abraço"), para quem o toque físico é imprescindível nas relações humanas. Em 1999, a CBAC propôs a três companhias européias que, durante um quadrimestre, todas as reuniões de diretoria fossem precedidas e encerradas por abraços entre todos os integrantes. Também foi incentivada a cultura do abraço entre todos os funcionários. Foi instituído o minuto do abraço, em que todos os presentes se abraçam. Conversas telefônicas, reuniões e até brigas são interrompidas, pelo menos por um minuto. Por todos, inclusive o presidente. O resultado foi extremamente positivo. Considerando a média entre as três empresas, notou-se uma redução de 28% no número de pedidos de dispensas médicas; 37% na quantidade de funcionários com sintomas de estafa, como maus respiratórios ou taquicardia; e 45% de aumento do rendimento individual, de acordo com os métodos internos de avaliação. Coincidência ou não, as três companhias fecharam o período no azul, com um aumento de faturamento substancial. Hoje o Abraço Corporativo é muito difundido entre as empresas do Reino Unido e Países Baixos, e se alastra pelo continente europeu. A CBAC está prestando consultorias em projetos pilotos também na Austrália e África do Sul. E deverá se difundir por todo o Globo. O abraço é uma importante ferramenta para que as empresas não deixem que a era digital deteriore o seu principal recurso: o humano.
O Êta Cacete apóia essa idéia.Marcadores: Abraço |
posted by Ronaldo e Jessica @ 14:16 |
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